segunda-feira, 28 de julho de 2008

É uma notícia portuguesa com certeza

O estado da banda larga em Portugal é na minha humilde opinião razoável.
Muitos se queixam da qualidade das suas ligações, mas temos opções de escolha e preços relativamente acessíveis.

E eis que mais uma tecnologia é introduzida no nosso jardim à beira mar plantado, a fibra.




A actual Zon assume-se como a líder de mercado sem grande contestação.
A Clix tem continuamente tentado contrariar esta situação, com campanhas de preço bastante agressivas, inovando com o triple play, mas sendo sempre seguida de perto pela Zon em cada uma destas movimentações.

Os utilizadores já partem do princípio que a introdução de algo novo por parte da Clix será rapidamente disponibilizado também pela Zon, não havendo por isso razão para mudar.
Resta saber se com a fibra a situação irá alterar-se.

Em qualquer dos casos esta oferta vem abrir uma nova fase na Internet em Portugal e quem ganha são os utilizadores.


Mais informações em: http://www.forumclix.net/viewtopic.php?t=6355

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A baleia dá à costa

Definitivamente os senhores que se entretém a trabalhar no Twitter parecem-se cada vez mais com um bando de amadores.

Muitos utilizadores descobriram hoje que a larga maioria dos seus contactos no serviço, tinham pura e simplesmente desaparecido. Depois de muitas queixas, eles lá acordaram para a vida começaram um rollback à base de dados no sentido de resolver o problema.

Foi pior a emenda que o soneto, e aparentemente os utilizadores inicialmente afectados estão agora a ver mensagens de maio e junho nas suas timelines.

Mais este desaire na longa lista de sucessivos falhanços por parte dos engenheiros do Twiiter empurra cada vez mais os seus utilizadores para outras paragens.

O Friendfeed ganha cada vez mais tracção, e o Identi.ca apresenta-se como uma alternativa viável.

Muitas conversas no Friendfeed descrevem esta situação como mais um prego para o caixão do Twitter.
Sinceramente duvido que o Twitter venha a fechar, mas seria uma boa ideia perderem o amor a 50 mil euros e investirem numa base de dados Oracle que mastiga milhões de transacções por segundo como se fossem pasteis de nata.
Aproveitavam e já que estavam na onda de investir e mudavam-se para o Media temple ou para a Akamai e largavam o Amazon S3 que é excelente para startups, mas o Twitter já passou essa fase há algum tempo.

Quer parecer-me que o Twitter está a concorrer para ser um exemplo vivo de que o barato sai caro.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Dá-me o telemóvel já!!!

Foi a pensar na jovem nortenha que exigia o seu telemóvel que passei a meia noite na Fnac do Colombo no lançamento do Iphone 3G. Pensei que haveria alguma histeria, mas nem nada que se pareça. Um morno Nilton fazia o notório frete de encher chouriços para as dezenas de geeks presentes.

A meia noite veio e foi-se e nada de especial aconteceu, sai da loja sem sequer ver uma unidade do tão badalado telefone.

Alguns dias depois vejo um Iphone em exposição numa Worten, chateei o tipo da secção de fotografia para o tirar do expositor, o que fez mas acrescentou de imediato que não estava a funcionar. E realmente era um tijolo de contornos arredondados e com ar monolítico.

Mais alguns dias se passam e numa deambulação por uma outra Fnac e vejo não um, mas dois Iphones ligados e ao alcance da mão. O wifi da loja funcionava e em 20 segundos estava no Youtube. O interface é fantástico, mas notei que o telefone estava cheio de dedadas e o ecrã é algo reflectivo.

Na ilha seguinte via portáteis ao mesmo preço que este telefone. Pousei-o.. e lá ele ficou a debitar um video qualquer. Cheguei à conclusão que temia, não é telefone para mim.

O meu telemóvel habita o meu bolso esquerdo das calças dia e noite. Cai, leva fita cola, risca-se, leva com chuva, leva com pelos de cão, cinza, pó, volta a cair e continua a funcionar impecavelmente.
Naturalmente não tem o aspecto que tinha há um ano atrás quando saiu da caixa para o meu bolso, mas funciona.

Metade dos videos que tenho no Youtube foram feitos com ele, o que me tornou conhecido com o papparazzi de serviço no meu local de trabalho, pois sempre que há alguma situação caricata lá estou eu de telemóvel em riste.

Não tenho acesso fácil à internet no local de trabalho por questões de segurança, e recorro várias vezes ao 3G. Quando tenho mais tempo, uso o 3G do telefone a partir do pda via bluetooth, o que me permite usar um teclado bluetooth, transformando assim este aparato num verdadeiro portátil.

E são estas três situações que me impedem de comprar o Iphone.
- Não aparenta ser durável nem resistente
- Não faz videos
- Não partilha a ligação 3G por bluetooth.

Poderia falar ainda na bateria.. e claro.. no mirabolante preço.

Ahh eu tenho um simples Nokia 6233 que nem tem symbian, mas que já correu meio planeta sem nunca me deixar apeado.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Alguém chame o Capitão Ahab

Aparentemente ninguém dentro dos escritórios do Twitter é capaz de fazer uma alteração ao design do site sem rapidamente fazer aparecer a boa e velha baleia branca, conhecida pelos amigos como Fail Whale.

O redesign era pequeno contendo apenas alterações estéticas, mas mesmo assim conseguiram... para usar um termo técnico enfaralhar o site todo.

Blaine Cook que era o antigo engenheiro chefe do Twitter recentemente juntou-se ao Yahoo, ignorando um movimento de debandada geral iniciado após a tentativa de aquisição por parte da Microsoft.
Pessoalmente parece-me que este senhor realmente tem pouca visão a longo prazo, quer quando criou a arquitectura bizarra do twitter quer com o seu planeamento de carreira.

Update: pelos vistos o sr. Cook está também a pensar fazer carreira satírica ou a iniciar-se na biologia marinha.
Do seu último twit consta o seguinte:

Tomorrow on valleywag and techcrunch: Blaine Cook goes to the MONTEREY BAY AQUARIUM. Helps them scale their whales.
Só se me oferece dizer... I see what you did there mr. Cook.


quinta-feira, 17 de julho de 2008

O pequeno polegar

Um gladiador prostrava outro na areia quente e aguardava que a assistência decidisse o desfecho do derrotado.
Esta espécie de "Você decide" do tempo dos romanos, acabou vendo o seu uso transportado para tempos modernos. A utilização do polegar passou a ditar se algo era bom ou mau consoante a direcção do digito.



O popular site que se auto intitula de "social news" digg.com pegou num conceito já existente há anos do Slashdot e reduziu-o ao simples polegar para cima ou polegar para baixo.

Os utilizadores votam na popularidade da uma história uma única vez. A fórmula funcionou de tal ordem, que fez surgir uma série de clones, como o reddit ou o propeller.

Há mais de um ano que circulam rumores que o Kevin Rose, que é o criador do digg, andava a tentar vender o site. No entanto tal nunca se concretizou, mesmo quando se davam valores como certos e que rondavam sempre as centenas de milhões de dolares.

O Google acenta o seu motor de pesquisa no facto de certos sites terem mais importância que outros, esse factor é chamado de Page Rank (PR).
Um site é considerado importante quando um número suficiente de outros sites aponta (com links) na sua direcção. Por sua vez se os sites que linkam tiverem um PR alto, esse link tem mais valor.
Ou seja, os sites "votavam" nos outros ao linkarem-se uns aos outros. Existe todo um sector de mercado que se dedica a explorar os detalhes de modo a optimizar o posicionamento de um site nos resultados das pesquisas no Google.

Este modus operandi já conta com alguns anos e é algo seguido por todos os outros motores de busca existentes.

No entanto os senhores do Google estão a inovar, numa fase ainda de testes, no sentido de incluir um sistema de polegares à lá digg nos resultados das pesquisas.

Ignorando toda a problemática que poderá surgir relacionada a esta inovação, ocorreu-me que até agora os tipos do Digg tem sido uns porreiraços e tem ignorado os clones que usam o mesmo método para indexar notícias. Mas algo me diz que um processo ao Google terá um desfecho favorável e com um resultado financeiro astronómico.

E eis que surge uma ideia muito simples, será que o Google irá comprar o digg? No fundo sai mais barato do que andar a correr os tribunais a tentar provar que os romanos é que inventaram o polegar.
Por outro lado a comunidade já existente no Digg não irá fazer nenhum levantamento popular contra esta aquisição, como foi o caso aquando de um rumor de uma aquisição pela Microsoft.

É um situação "Win-Win" em que o Google fica com um site que gera um trafêgo enorme, ganha direito a usar a tecnologia sem o mínimo problema legal e o Kevin Rose enriquece ainda mais.

Em qualquer dos casos vale a pena ler a história do Pequeno Polegar na Wikipedia.


Um guia de Lisboa por Fernando Pessoa

Nas minhas voltas pela web dei de caras com um excelente post no blog da Paula Simões, intitulado, Lisboa: o que o turista deve ver.

Como um eterno turista na cidade onde vivo, pareceu-me interessante e eis que descubro, que afinal é um guia para o visitante escrito por Fernando Pessoa nos anos 20.

E mais, o mesmo foi actualizado, revisto e posto no Google Maps para servir de um guia interactivo à cidade.

Parece-me conter belíssimas dicas para várias sessões de Photo walking.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Música descartável

Não há muito a dizer sobre os pequenos ficheiros MP3 que populam os nossos discos rígidos, os nossos telefones e outros gadgets.

Durante muitos anos estiveram intimamente ligados à pirataria. O lançamento do Itunes e do Ipod veio mudar esse quadro. E pode-se encontrar muito boa gente que compra legalmente música.

Surgiram posteriormente dezenas de serviços na web que socializam o acto de ouvir música, sendo de destacar o Last.fm.
Um outro serviço que surgiu há já algum tempo e que rapidamente ganhou alguma massa crítica foi o Pandora, que nos seus primórdios era um serviço livre mas após alguns meses passou a ser um serviço restrito apenas aos Estados Unidos.



Em tempos tinha ouvido falar num serviço chamado Grooveshark, mas era apenas mais um e como tal ficou nas brumas da memória.
Aparentemente estes senhores não estão contentes em terem um excelente serviço e nenhuma expressão no sector e lançaram um site que é estupidamente simples. Basta apontar o browser a tinysong.com e inserir o nome de uma música, qualquer música que dentro de segundos estarão a ouvir a referida faixa. O que tem piada nisto é que por mais obscura que seja a música que pretendem ouvir, o serviço tem-na, mesmo para música portuguesa.
Não é necessário qualquer login, o que torna o serviço ainda mais atraente. É simples, rápido e de consumo imediato.

Descobri este serviço ao ver este video do Chris Pirillo

QTT

Muitas vezes trabalho de madrugada, no conhecido "graveyard shift", ou como diria o Júlio Isidro "... o turno da noite ...".
Tenho também a felicidade de ter uma televisão no local de trabalho onde posso entreter-me nos tempos mortos. No entanto cerca das 3 da manhã algo se apodera de dois (por enquanto) canais de televisão portuguesa, que são os maravilhosos programas para onde os telespectadores ligam na tentativa vã de ganhar algumas centenas de euros respondendo a puzzles idiotas.

Tanto a SIC como a TVI brindam-nos com estes mimos televisivos diariamente. A TVI apela bastante para raparigas jeitosas com ar libidinoso que sussuram palavras como melancia ou tâmara. A SIC ousa incluir um jovem que dá pelo nome de Quimbé a apresentar o seu programa.
E a repulsa que sinto ao ver este rapaz na TV só consegue ser suplantada quando os Malucos do Riso estão no ar.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Twitter compra Summize

O rumor já andava no ar há algum tempo e hoje foi anunciada
a compra do Summize pelo Twitter. É um aquisição que faz sentido e vem
demonstrar a total incapacidade que os senhores do Twitter tinham em
criar um motor simples de pesquisa mesmo tendo a base de dados à sua
mercê.

E com a compra foi criado o search.twitter.com que
disponibiliza procurar todas as mensagens do twitter, podendo inclusive
filtrar-se a busca por lingua.
Pena é que o Summize pense que os twits do jornal Publico não são em português.




Como começou o Youtube

Num recente evento em Palo Alto um dos CEO's do Youtube Chad Hurley falou acerca dos primórdios do Youtube.

Naturalmente é uma visão de um ponto de vista de engenharia, mas é bastante interessante e aborda temas como o modelo de negócio e as dúvidas que na altura existiam sobre o mercado de video na Internet.


Veja um video da conversa aqui. Via NewTeeVee.

Integração do Google Code no Google.com

Criado em 2005 o Google Code é uma ferramenta simples para pesquisar código fonte disponível abertamente na web.

Tem sido uma ferramenta relativamente obscura, até que foi agora integrada no site principal de busca, aumentando assim obviamente a sua exposição e naturalmente a sua utilidade.

Mais detalhes no blog do Google Code.

Google Trends

Pessoalmente não ligo ao Google Trends e não o uso, penso que há melhores maneiras de perceber qual é o buzz word actual como o Twitter ou o Friendfeed.

Mas aparentemente há muita gente que usa o Google Trends, e como seria de esperar onde há muitos visitantes há interesse por parte dos spammers em "vender" os seus produtos.

E o episódio recente em que o termo mais procurado no Google seria o simbolo de uma suastica, veio demonstrar que pelos vistos o Google Trends teria algum buraco de segurança que permitia que os seus dados fosse manipulados. Naturalmente isto chamou a atenção de muita gente para a fragilidade desta ferramente e claro, vários termos tem ocupado o top 10 que são nitidamente falsos.

A confiança nesta ferramente caiu a pique com estes acontecimentos, e é uma excelente oportunidade para a possível concorrência criar alguma massa crítica. Se os senhores da Microsoft ou do Yahoo não estiverem a dormir é claro.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Google Lively

Os mundos virtuais são um sector que sempre me fascinou. Poderiam ou deveriam levar o conceito básico da filosofia sobre o conhecimento empírico que temos do mundo que nos rodeia a um nível extraordinário.

Explorei há quase uma década atrás o VRML que na altura pretendia ser a pedra basilar a todas as tecnologias 3d embutidas num browser.

Revelou-se prematuro, tal como foi o The Palace, que de uma forma muito simples permitia aos seus utilizadores criarem as suas próprias salas para estarem na conversa com os seus amigos.

E mesmo o Active Worlds que em 1995 já apresentava um mundo virtual 3d para explorar, falhou redondamente em capitalizar durante o web 1.0 boom.

Poderia referir também o There, o Second Life e o The Sims Online, que são projectos moribundos, com a excepção do TSO que foi recentemente encerrado pela EA.

E eis que surge num sector inesperado a poderosa máquina do Google com o seu novo chat em 3d chamado apenas de Lively.

Dei-me ao trabalho de tirar a poeira ao Vista e dar uma voltinha no Lively no seu dia de lançamento. Acabei por não conseguir falar ou interagir seja com o que for antes de me aborrecer.
Atribui isso ao facto de ser o dia de lançamento e certamente milhares de tipos estavam a tentar fazer exactamente o mesmo que eu.

Mas como o Lively só funciona em Windows não posso de momento falar sobre o seu comportamento actual.

O lançamento deste produto impõe uma reflexão a dois níveis, primeiro sobre como uma empresa com tantos empregados e tão cuidadosamente monitorizada por todo o planeta consegue lançar um produto no maior sigilo. E sobre o business model futuro para este produto.

No more Mr. Nice Guy

Fartei-me de escrever em inglês.

Andei meses a escrever num blog medíocre (www.linkfog.com) sobre tecnologia em inglês.

Acho o meu inglês escrito razoável, pelo menos o suficiente para que seja compreensível. Mas exige-me demasiado esforço mental, tenho que estar constantemente a pensar naquilo que estou a escrever e isso parece-me algo idiota.

Além do mais, era apenas mais um dos milhões de blogs existentes sobre tecnologia em inglês. Nunca tive pretensões a ser um A-Lister, mas andar a escrever para meia dúzia de amigos meus lerem levou-me a pensar que o melhor caminho era sem dúvida o de juntar-me à blogosfera portuguesa.